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Ligação Pirajá, recôncavo.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Texto:Carlos Augusto,Monize Andrade.

“O dois de julho, hoje, também como na lutas da independência esta indissoluvelmente ligada ao recôncavo.” (2 de julho a festa é historia, de Socorro Targino Martinez). Com base no que citado por Martinez, o recôncavo teve uma importância fundamental para a concretização da independência da Bahia. È essencial ressaltar que a estrada das boiadas era o único vinculo entre Pirajá e recôncavo, pois, levava a Feira de Santana à chave de todo o interior. O recôncavo contribuiu na estratégia que levou a vitória dos brasileiros contra as tropas portuguesas comandas pelo brigadeiro Madeira de Melo.

"Às margens do Ipiranga nada. Foi no Recôncavo que o Brasil se libertou."
Se não fosse pela Bahia, a independência do Brasil não teria ocorrido. Duvida?

Salvador presenciou, após a tomada do Forte de São Pedro, cenas de barbárie da tropa de Madeira de Melo. Perseguindo patriotas brasileiros que se refugiaram no Convento da Lapa, arrombaram portas, arrasaram altares, e assassinaram, cruelmente, a bondosa Madre Joana Angélica, ao proteger com seus protestos a vida e a honra das freiras. com isto extremando o anseio de libertação da Bahia. Grande número de brasileiros, abandonaram Salvador em busca do Recôncavo para a formação de um núcleo de resistência.Na vila da Cachoeira, criou-se, 25 junho 1822, uma Junta Conciliadora da Defesa, interina, para dirigir a reação nacionalista. O movimento estendeu-se a outras vilas. A Junta convocou todos os que pudessem concorrer. Instituiu uma Caixa Militar para reunir os meios necessários. Nas vilas revoltadas foram mobilizados milicianos e voluntários. Na falta de armas e munições fundiram-se peças de bronze, ferro e chumbo dos engenhos para fabricar-se material bélico.Os patriotas dominaram todo o Recôncavo Baiano, controlando inclusive a ilha de Itaparica. Segundo o historiador Eurípides Simões de Paula, "durante a guerra da Independência na Bahia, surgiram tropas irregulares recrutadas no interior baiano: os jagunços e os couraças, vestidos de couro como os sertanejos. Essas tropas combateram muito bem contra os portugueses do General Madeira e chamaEsses audazes guerrilheiros brasileiros abordaram e tomaram a escuna inimiga que bloqueava o porto de Cachoeira; ergueram trincheiras e interditaram as passagens dos rios de Cachoeira e Santo Amaro; inquietaram e hostilizaram as tropas de Madeira de Melo, cortando-lhes as comunicações e prejudicando-lhes o suprimento.Entre os integrantes dessa notável resistência distinguiu-se a figura feminina Maria Quitéria de Jesus Ela emocionada pela causa da independência, abandonou a casa, vestida de homem ,e assentou praça, num regimento de Artilharia, e transferida depois para o Batalhão dos Periquitos. Em fins de 1822, à frente de um grupo de mulheres, notabilizou-se pela bravura, entusiasmando os soldados, impedindo o desembarque adversário na foz do rio Paraguaçu.A reação nacional no Recôncavo baiano: Com o Manifesto das vilas confederadas de Cachoeira, São Francisco e Santo Amaro, em junho de 1822, a reação nacionalista alastrou- se pela Bahia .O Brigadeiro português Madeira de Melo subestimou o movimento dos patriotas, convicto de que as suas tropas, mais bem armadas e adestradas, poderiam bater os patriotas facilmente. Ele considerava incompetentes os comandantes dos milicianos, mobilizados nos engenhos e no sertão e mal armados e municiados. Limitou-se Madeira de Melo ao rigoroso policiamento de Salvador, fechando os seus acessos com postos avançados , reconhecimento permanente no Recôncavo e patrulhamento marítimo. Ele ocupou a ilha de Itaparica, sem resistência em 1º de julho. Mas a abandonou por julgá-la sem valor estratégico. Erro que lhe custaria pesado preço .Madeira de Mello envolvido com problemas do governo civil descuidou das atividades dos senhores da Torre que, ocupando a Feira do Capuame, barraram o acesso ao sertão, a via de suprimento de Salvador. Instalaram-se em Pirajá, distribuindo destacamentos pelas ilhotas e praias do Recôncavo como postos avançados da defesa.ram a atenção não só pelo traje exótico como também pela prática da guerrilha".


Fontes:Revista de Historia da biblioteca nacional
Instituto Geográfico e Histórico da Bahia Revista 02 de julho a festa é historia de (Socorro Targino Martinez).
BARROS, Francisco Borges de. A Batalha de Pirajá. Rev. Inst. Geo. e Hist. da Bahia, Salvador, v.55, p. 487-502, 1929.
ALMEIDA, Miguel Calmon du Pin e. A Batalha de Pirajá. Rev. Inst. Geo. e Hist. da Bahia, Salvador, v.49, p. 223-262, 1924.
HISTORIA DA BAHIA ,Luis Henrique Dias Tavares .Editora: UNESP.

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