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O Corneteiro Lopes - Curta-metragem

sexta-feira, 23 de outubro de 2009




Curta-metragem mostra batalha baiana travada entre portugueses e brasileiros pelo domínio do país. Episódio pouco conhecido da Independência do Brasil, a Batalha de Pirajá vai ser reencenada no curta-metragem O Corneteiro Lopes, primeira película de ficção do realizador baiano Lázaro Faria, que terminou de ser rodado na quarta-feira passada. Estão no elenco o ator português Nuno Lopes (da novela global Esperança) e os brasileiros Leandro Firmino da Hora (o Zé Pequeno de Cidade de Deus), Thalma de Freitas (da também global Laços de família), Gideon Rosa e Paolo Ferreira. Ocorrida na madrugada de 7 para 8 de Novembro de 1822, nos arredores de Salvador, a Batalha de Pirajá foi decisiva para a rendição das tropas portuguesas sitiadas na cidade. Embora a independência do Brasil tivesse sido decretada dois meses antes, a ordem de entrega do comando da Bahia ao imperador Pedro I (D. Pedro IV, de Portugal) não fora reconhecida pelo general português Madeira de Melo, que assumiu o controle de Salvador. O filme vai mostrar a batalha da artilharia com que os portugueses tentaram surpreender os brasileiros e furar o cerco montado pela resistência local, liderada pelo general francês Labatut. Durante essa batalha, o corneteiro português Luiz Lopes, que integrava as tropas de Labatut, recebeu a ordem de tocar a “retirar”, mas – até hoje não se sabe por que – tocou a ordem de “avançar cavalaria degolando”. O toque assustou o exército lusitano e mudou o desfecho do conflito. O roteiro foi baseado numa entrevista que o historiador Cid Teixeira concedeu ao realizador, também autor do argumento. “Pesquisei em Portugal, na Torre do Tombo e no Museu Ultramarino e não encontrei muita informação sobre Lopes. Cid Teixeira foi a pessoa que deu mais subsídios para o roteiro, inclusive elementos imaginativos”, diz Faria. Como motivo real para Lopes ter desobedecido à ordem de Labatut é desconhecido, o filme conta uma versão romanceada, que inclui uma escrava por quem ele estaria apaixonado. Segundo Faria, Luiz Lopes tinha cerca de 40 anos e morava há 20 no Brasil, onde veio tentar a sorte na carreira militar. “Ele não tinha interesse em voltar a Portugal e se os portugueses ganhassem a batalha, certamente seria enforcado como traidor. Isso era motivo suficiente para virar tudo do avesso”. “O fato é que os toques de ”retirada” e ”avançar cavalaria degolando” é totalmente diferente. Não há a possibilidade de ter sido engano”, opina.

Fonte: Publicado pela Embaixada de Portugal - Brasília em 20.8.09

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